A Veracel Celulose aborda com muita transparência o tema “invasão de terras indígenas” no sul da Bahia, destacando sua atuação responsável e seus projetos de preservação da cultura indígena. Descubra como a empresa colabora com as comunidades locais.
Na entrevista a seguir, Alexandre Campbell de Mendonça, Gerente de Responsabilidade Social e Comunicação da Veracel Celulose, compartilha o posicionamento da empresa em relação às terras indígenas no extremo sul da Bahia e as iniciativas que fortalecem o diálogo com as comunidades locais. Alexandre fala sobre o compromisso da Veracel com a sustentabilidade, a preservação da cultura indígena e as ações concretas que a empresa tem tomado para garantir que suas operações respeitem os direitos das comunidades e contribuam para o desenvolvimento social e econômico dessas populações. Ele também aborda os desafios e o papel da Veracel em garantir uma atuação ambientalmente responsável e transparente, destacando a importância de um relacionamento de confiança e colaboração com as comunidades indígenas.
Qual é o compromisso da Veracel em relação ao processo de demarcação de terras indígenas?
A Veracel compreende a complexidade e a sensibilidade envolvidas nas questões de demarcação de terras indígenas no sul da Bahia. Nossa postura é de total respeito às leis e aos direitos das comunidades indígenas. Como uma empresa comprometida com a sustentabilidade e o desenvolvimento responsável, acreditamos que o diálogo construtivo é a melhor forma de manter um relacionamento positivo.
A empresa reconhece o histórico de reivindicações e deixa claro que não realiza plantio em áreas reconhecidas como terras indígenas, mantendo uma colaboração ativa com as autoridades competentes e respectivos(as) líderes para garantir o respeito aos direitos de todos os envolvidos.
Como a Veracel promove o diálogo e o relacionamento com as comunidades indígenas em sua área de atuação?
Nosso relacionamento com as comunidades indígenas é construído sobre o diálogo contínuo e o respeito mútuo. Mantemos uma comunicação aberta e transparente com as lideranças indígenas, com o objetivo de preservar a cultura tradicional, garantir a qualidade de vida e defender seus direitos. Esse compromisso é validado pelos líderes indígenas e associações locais.
Investimos em várias iniciativas que ajudam a promover esse diálogo. Entre elas, eventos que celebram e preservam as tradições culturais dessas comunidades e projetos que promovem a educação e geração de renda. Nosso intuito é sempre reforçar a relação de confiança e respeito com as comunidades indígenas.
Quais iniciativas da Veracel Celulose ajudam a preservar as tradições e a cultura das comunidades indígenas?
A Veracel Celulose atua ativamente em iniciativas que apoiam a educação e promovem o resgate cultural das comunidades indígenas presentes em sua área de atuação. Destacam-se o apoio aos Jogos Indígenas Pataxó e ao Festival Aragwaksã, eventos que celebram e mantêm vivas as tradições culturais dessas comunidades.
Além disso, a Veracel realiza a doação anual de kits escolares para estudantes indígenas matriculados na rede pública dos municípios onde a empresa opera. Também investimos em melhorias de infraestrutura para apoiar o desenvolvimento dessas comunidades. No campo da geração de renda, um exemplo importante é o projeto de meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) com a comunidade Pataxó da Aldeia Meio da Mata, que oferece uma fonte sustentável de renda para as famílias locais.
Nos últimos anos, a Veracel tem se mostrado especialmente presente em momentos de crise, oferecendo suporte durante eventos críticos, como a pandemia de Covid-19 e as fortes chuvas que atingiram o sul da Bahia em 2022. Nosso compromisso é contínuo, e nossas ações buscam sempre fornecer o melhor suporte possível às comunidades indígenas, em várias frentes.
Como a Veracel Celulose garante que suas operações não afetam negativamente as terras e recursos naturais das comunidades indígenas?
A Veracel Celulose reafirma seu compromisso inabalável com a sustentabilidade ambiental e o respeito às comunidades locais, incluindo as indígenas. Cumprimos rigorosamente toda a legislação brasileira e possuímos todas as licenças legais e ambientais necessárias para nossas atividades. Nosso manejo sustentável é reconhecido por certificações internacionais que garantem nossas práticas responsáveis.
Para proteger o meio ambiente, implementamos robustas estratégias de conservação e combate ao desmatamento ilegal na Mata Atlântica. Dos 200.000 hectares que gerimos, 50% são dedicados exclusivamente à preservação ambiental, enquanto os outros 50% são destinados ao cultivo sustentável de eucalipto. Nossa política é clara: para cada hectare cultivado, destinamos um hectare para preservação, o que reforça nosso engajamento na conservação e na luta contra o desmatamento ilegal.
Esse equilíbrio entre produção e preservação vai além dos requisitos legais, mostrando nosso compromisso em garantir que nossas operações não prejudiquem os recursos naturais das comunidades indígenas e assegurando que a biodiversidade e os ecossistemas locais sejam protegidos.
Quais são os impactos das operações da Veracel Celulose nas comunidades indígenas da Costa do Descobrimento?
Nos últimos anos, o termo “Costa do Descobrimento” tem sido objeto de debates entre as comunidades indígenas e movimentos sociais da região. Com a crescente conscientização sobre a importância de incluir as vozes dos povos originários na narrativa histórica, o ICMBio lançou uma pesquisa para discutir a possível alteração do nome do Parque Nacional do Descobrimento. Para muitos, o nome reflete uma perspectiva eurocêntrica sobre os eventos de 1500, que desconsidera a presença ancestral e a cultura das comunidades indígenas locais.
A maioria das aldeias indígenas no extremo sul da Bahia, está localizada próxima à costa, onde a Veracel não possui plantações comerciais. Para proteger essas áreas, a empresa evita o plantio de eucalipto em uma faixa costeira de 10 km nos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Belmonte.
Além disso, a Veracel monitora as microbacias em sua área há mais de 15 anos, com resultados que mostram que nossas operações não causam impacto negativo na quantidade ou qualidade da água. Adotamos técnicas de cultivo mínimo, que reduzem a perturbação do solo, previnem a erosão e protegem os cursos d’água.
Utilizamos várias tecnologias avançadas, como satélites, Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial, para identificar pragas e possíveis danos às plantações com bastante precisão e agilidade. Isso nos permite uma ação rápida e eficiente, evitando o uso massivo de defensivos agrícolas.
A empresa está sempre aberta ao diálogo com todas as partes interessadas e disponível para discutir qualquer preocupação, buscando sempre soluções conjuntas que beneficiem o meio ambiente e as comunidades locais.
Como a Veracel Celulose se posiciona em relação à invasão de terras indígenas no extremo sul da Bahia?
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que a Veracel Celulose não realiza plantios em áreas reconhecidas legalmente como terras indígenas. A empresa possui a posse legal de todas as suas propriedades e segue rigorosamente as leis ambientais e territoriais brasileiras.
A Veracel mantém um relacionamento muito próximo com as comunidades indígenas, com o objetivo de manter o diálogo e contribuir para a preservação da cultura tradicional. A empresa faz uma série de investimentos em prol da valorização das comunidades, com iniciativas para geração de renda, apoio à tradicionalidade, educação e melhoria da qualidade de vida dessas comunidades.
Compromisso com o Futuro das Comunidades Indígenas
A Veracel Celulose reafirma seu compromisso com o respeito aos territórios indígenas e sua colaboração contínua com as comunidades. Ao manter práticas transparentes e focadas na sustentabilidade, a empresa contribui ativamente para a prevenção de invasões de terras indígenas e o fortalecimento das tradições culturais.
Com iniciativas voltadas para a educação, geração de renda e preservação do meio ambiente, a Veracel demonstra que é possível combinar desenvolvimento econômico com responsabilidade social e respeito às comunidades indígenas. E com isso, a empresa segue construindo um futuro sustentável para todos.