Veracel reduz ainda mais o uso de água para fabricação de celulose

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2019 é considerado o melhor ano em termos ambientais para a empresa. Além de reduzir o volume de água usado no processo fabril, também reciclou 99% dos resíduos industriais.

Unidade fabril da Veracel. Eunapolis/BA.

Em 2015, foi proposto um plano de ação para reduzir o uso de água anual, que até então era de 25 m3/tsa. O plano previa atingir a marca de 22,5 m3/tsa em 2020. O uso da metodologia Lean Six Sigma (conjunto de práticas para aprimorar sistematicamente os processos), novas lógicas de automação para controle dos níveis dos tanques e eliminação dos transbordos, correções de vazamentos em válvulas e comportas, instalação de novos alarmes nos painéis para os operadores e ferramenta de gestão de água online para indicar a origem das perdas, entre outras ações ajudaram a melhorar o desempenho da empresa em relação ao uso da água. “O resultado é fruto do trabalho conjunto de várias áreas na busca constante da nossa eficiência operacional e ambiental”, comemora Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente e Licenciamento da Veracel. Para 2020, o desafio é ficar abaixo de 22 m3/tsa.

Para Ari Medeiros, diretor da área Industrial, 2019 já é considerado o melhor ano em termos ambientais para a Veracel. “No segundo semestre, a fábrica operou 99,5% do tempo disponível. Essa alta eficiência contribuiu muito para reduzir o consumo de água devido à alta estabilidade dos processos. Tivemos dois meses em que os valores foram inferiores a 21 m3/tsa. Esses são motivos de sobra para continuar apoiando as novas ideias e investindo em tecnologias que tornem o processo industrial cada vez mais eficiente e sustentável, sem trazer prejuízos aos nossos equipamentos e a qualidade da celulose. Queremos ser cada vez mais reconhecidos como uma empresa-referência em melhores práticas ambientais”, declara Medeiros.
Reciclagem de resíduos industriais – Em 2019, a Veracel também conseguiu outro feito importante: reciclou 99% dos resíduos industriais. Essa marca foi obtida com a reciclagem da cal queimada – um resíduo que não era reciclável até 2019.

Os resíduos do processo de fabricação de celulose, explica Matos, possuem características bastante valorosas para agricultura. “Basicamente, são dois tipos principais de rejeito; um rico em calcário e o outro rico em matéria orgânica e nutrientes. Descobrimos que o rejeito da cal queimada em reação química com outros elementos podia ser convertido em carbonato de cálcio, um material que serve para corrigir a acidez de solo”.
Atualmente, a geração anual de resíduos calcários da fábrica Veracel está em equilíbrio com a necessidade de uso de corretivo de acidez de solo nos plantios de eucalipto da empresa. “Todo corretivo oriundo da reciclagem é utilizado em nossa área florestal e por nossos parceiros. O aterro industrial zero poderá ser uma realidade em um futuro bem próximo”, avalia Matos.

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