Veracel Celulose alcança 99% de reaproveitamento de resíduos

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A Veracel Celulose ampliou o nível de reciclagem de resíduos de 69%, em 2012, para 99% em 2019. O case, explicando como a empresa passou a aproveitar subprodutos de diversos processos, reduzindo a destinação para aterros industriais, foi apresentado durante o 53º Congresso de Celulose e Papel da ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel) e 9º Colóquio Internacional sobre Celulose e Eucalipto (Icep, sigla para os termos em inglês International Colloquium on Eucalyptus Pulp).

 

Evolução da Veracel

“Em fevereiro de 2012, nosso aterro industrial tinha apenas 8 meses de vida útil. Nós geramos 18 tipos de resíduos no processo de produção e papel e celulose e 10 eram destinados ao aterro industrial. Notar estes números foi um divisor de águas”, comenta Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da Veracel.

Parte fundamental para a mudança foi dar visibilidade dos resíduos gerados à todos os colaboradores, provocando uma mudança de cultura na empresa. A lama de cal, por exemplo, passou a ser reaproveitada, eliminando a necessidade de comprar cal virgem para fornos de 2014 a 2017. “Hoje, apenas dois resíduos são encaminhados para o aterro e quando já não é possível reaproveitar os sub resíduos”, completa.

 

Metodologia de gerenciamento de portifólio

Durante o congresso, a empresa também apresentou a metodologia de gerenciamento de portifólio de projetos com base em avaliação de riscos, na palestra “Gerenciamento de portfólio de projetos com base na avaliação de risco: um estudo de caso da fábrica de celulose da Veracel”, ministrada pelo engenheiro Hugo Gomes, da Time Now.

“É possível quantificar, numericamente, a gravidade e urgência de execução de projetos, além de identificar a necessidade de elaborar planos de contingência, mitigando riscos e postergando questões não fundamentais”, afirma Gomes. O grande ganho da metodologia adotada pela Veracel, segundo o engenheiro, “é ter critérios quantitativos para tomada de decisão, possibilitando a comparação dos ganhos e riscos intrínsecos a cada operação”.

A Veracel ainda disponibilizou o estudo “Análise de dados como instrumento de otimização de estudos ambientais”, demonstrando o monitoramento de impacto da atividade em um manguezal no estuário do rio Jequitinhonha, à 88 km da fábrica.

O documento mostra que além de não ter impacto negativo na biomassa local, os métodos estatísticos aplicados permitem subsidiar a redução da frequência de monitoramento na área.

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