Transformação digital
Demos mais um passo em direção à transformação digital, dessa vez na área de viveiros de mudas de eucalipto.
Acabamos de ampliar o monitoramento que já era realizado em todas as etapas de produção das mudas da área de Melhoramento Genético para gerir também de forma digital as informações de monitoramento e a aplicação de defensivos de todo viveiro.
Somos pioneira no uso da tecnologia para essa finalidade e mantém todas as informações de forma completamente online, aumentando a agilidade de monitoramento e reduzindo ainda mais a perda de mudas.
No ano de 2021, serão monitoradas cerca de 13 milhões de mudas até o final do processo de produção para expedição, além das cepas nos minijardins.
Tecnologia no viveiro
Aqui, a produção de mudas é realizada por propagação vegetativa, isto é, realizada a partir de partes da planta (propágulos), originando mudas de eucalipto geneticamente idênticas à planta-mãe, as chamadas “minicepas”, que ficam localizadas nos mini jardins do nosso viveiro plantadas em calhas.
A partir destas minicepas, são coletadas estacas (galhinhos) que são plantadas no em tubetes plásticos, para posteriormente formarem novas mudas de eucalipto. Ao todo são monitoradas cerca de 200 calhas semanalmente com o uso deste aplicativo.
“Com a ampliação da ferramenta que já era utilizada pelo time de Melhoramento Genético da empresa, passamos a ter informações mais rápidas e mais rastreáveis sobre as mudas do viveiro”, afirma Rafael Tiburcio, nosso especialista em Sanidade Florestal.
“Isso gera relatórios precisos para orientar a aplicação de defensivos, evitando perdas e aumentando ainda mais nossa eficiência. São cerca de 300 avaliações, que antes eram digitadas manualmente todas as semanas, e que, com a tecnologia, passam a ser computadas digitalmente, facilitando a gestão do conhecimento e o gerenciamento de relatórios de recomendações que melhoram muito nossa precisão para o momento de uso dos defensivos”, ressalta o especialista.
A ferramenta já possuía a tecnologia de QR Code atrelada a cada muda de eucalipto, permitindo o monitoramento diário das etapas de produção de uma média de 15 mil mudas da área de Pesquisa por semana.
Agora, essa mesma tecnologia será utilizada pela equipe de Sanidade Florestal, responsável pelo manejo de pragas e doenças no viveiro de mudas comerciais para identificação dos locais de monitoramento.
A nova possibilidade de uso da ferramenta foi desenvolvida em parceria com o fornecedor, que adequou e ampliou o escopo do monitoramento de acordo com as nossas necessidades e agora poderá oferecer essa opção em seu pacote de produtos, para apoiar o processo produtivo de outras companhias do segmento florestal.
Histórico de inovação no controle de pragas
Possuímos um histórico de ações inovadoras para a utilização de métodos de controle para o manejo de pragas em nossas plantações de eucalipto.
Uma destas ações é a utilização de drones para a liberação de inimigos naturais que parasitam ou predam essas pragas, contribuindo para o sucesso do manejo da plantação e apoiando também as produções do entorno, com redução do uso de defensivos e o apoio na ampliação de uma cadeia de produção equilibrada para o território como um todo.
A utilização de inimigos naturais para controle biológico é uma prática já difundida em diversas culturas agrícolas e aqui foi iniciada em 2018.
Até 2019, os inimigos naturais eram liberados manualmente na áreas de ocorrência e desde 2020 passamos a usar os drones para a distribuição dos insetos em maior escala e com mais rapidez.
A liberação é feita dentro de embalagens de baixo custo, que proporcionam conforto térmico para os inimigos naturais e são 100% biodegradáveis.
Para a criação desses insetos em suas instalações, a Veracel investiu em pesquisas, capacitação profissional e na estruturação de um laboratório com temperatura e luminosidade controladas.
Pelo grande potencial de reprodução e de causar prejuízos, o manejo dessa praga se faz necessário.
O dano da lagarta começa com uma raspagem das folhas e, à medida que ela vai se desenvolvendo, tem início o corte, podendo causar intensa desfolha nos plantios.
Esse fator reduz, significativamente, o crescimento das florestas e compromete a sustentabilidade do negócio da Veracel e de outros produtores da região.
Esse método para o controle de lagartas desfolhadoras é um exemplo de manejo racional de pragas e uma alternativa ambientalmente adequada para garantir a produtividade do negócio, além de apoiar também o território, gerando um controle da praga para outros produtores locais.