Mais da metade da obra da nova BA-658 e ponte sobre o Rio Jequitinhonha está pronta

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A BA-658 e ponte sobre o Rio Jequitinhonha, fruto de uma parceria público-privada entre a Veracel e o governo da Bahia, tem previsão de inauguração para o primeiro semestre do ano que vem.

 

O projeto de construção da rodovia estadual BA-658 e da ponte sobre o Rio Jequitinhonha ultrapassou a marca dos 50% e já está próximo dos 60%. Com investimento de mais de R$ 95 milhões da Veracel Celulose, a obra que será doada ao governo do estado deverá ser inaugurada no primeiro semestre de 2023.

A BA-658 terá 25 quilômetros de extensão e uma ponte de 360 metros de comprimento e 9,60 metros de largura. A estrada ligará as rodovias BA-275 e BA-982, sendo uma alternativa em caso de interdição da BR 101. A obra facilitará o transporte em toda a região, representando um ganho importante de infraestrutura e desenvolvimento para o Sul da Bahia.  A estrada trará melhorias sociais e econômicas paras as comunidades locais, com redução significativa nas distâncias percorridas entre as diversas localidades da região.

 

Nova BA-658 reduzirá fluxo de veículos e emissões de CO2

Para a Veracel, a nova estrada vai significar uma redução do trajeto entre a fábrica e a base florestal da empresa, com diminuição do fluxo de veículos e das emissões de gases de efeito estufa. A construção da estrada faz parte da busca pela otimização das suas operações logísticas, reduzindo o trajeto de madeira entre suas áreas de colheita do eucalipto, localizadas ao norte do Rio Jequitinhonha, com a fábrica, localizada em Eunápolis. Atualmente, para acesso ao transporte entre a fábrica e a área de suas florestas plantadas, a Veracel utiliza as rodovias BA-275, BA-687, BR-101, BA-274 e BA-982. Com a implantação da nova estrada, o fluxo de veículos da empresa será reduzido nas rodovias BA-275, BA-687 e BR-101, com uma economia de 56km por viagem para cada carreta de transporte que realiza o percurso. Isso trará uma redução de até 25 viagens de carretas de madeira por dia nas estradas da região, diminuindo o risco de acidentes, além das emissões de CO2 na atmosfera.

 

Benefícios para o território e para a comunidade

Além de promover o desenvolvimento da região, os ganhos para a comunidade são significativos. Do efetivo de funcionários envolvidos no projeto, mais de 80% é mão de obra local, contratada nos municípios ao redor do projeto, o que representa geração de renda na economia local, com a contratação de restaurante, transporte, lavanderia, fornecedores de material de consumo e de construção.

“Nós que andamos pela obra e temos contato com as comunidades, vemos o benefício social imensurável que a estrada e a ponte trarão. É uma obra com praticamente zero rejeição, o que é muito difícil. Mesmo que seja um projeto para beneficiar, obra sempre incomoda. Mas temos visto um nível de satisfação do pessoal das comunidades muito grande. Temos recebido feedbacks excelentes das comunidades, elas estão muito satisfeitas com a realização da obra”, afirma o engenheiro Êmerson Martins de Assis, diretor da Ictus, empresa responsável pela gestão e fiscalização do projeto.

“O cuidado com os ribeirinhos também é enorme. Tudo é feito de maneira a não impactar o dia a dia dos moradores”, completa Fernando César Húngaro, da EcoPontes, uma das empresas contratadas para a execução da obra.

 

Sucata de ferro da BA-658 vira cadeiras de rodas para doação

A EcoPontes, junto com a Mais Construtora, outra empresa que atua na obra, tem feito doações de cadeiras de rodas para a comunidade. Toda a sucata de ferro e aço da obra é vendida e transformada em cadeira de rodas que estão sendo doadas para creches, hospitais e postos de saúde da comunidade.

 

BA-658 vai interligar municípios de norte a sul da região

Um dos principais benefícios da obra para a população será a melhoria na integração de diversas localidades, como a interligação da região Norte do município de Belmonte (Boca do Córrego, Santa Maria Eterna, Tuiuty, Comunidade Indígena Patibury) com a sede do município e seu entorno. Outra melhoria importante é a integração das comunidades do município de Canavieiras (Canavieiras, Pimenteiras, Ouricana, Portão de Ferro, Venda Nova) com a região sul do Rio Jequitinhonha. A interligação reduzirá o trajeto da população para o acesso a serviços nas áreas de saúde, educação, assistência social, entre outros.

A estrada também será integrada ao projeto do novo aeroporto de Porto Seguro, apoiando a formação do corredor logístico de transporte com a região de Pindorama. Além disso, deve favorecer o aumento do fluxo turístico regional, devido à redução da distância entre os municípios de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Belmonte e Canavieiras e do fluxo turístico proveniente da região entre Ilhéus e Itacaré, em direção a Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro.

A rodovia oferecerá ainda uma alternativa de travessia do Rio Jequitinhonha, hoje realizada exclusivamente pela ponte da BR-101. Além disso, reduzirá o tráfego de carretas na mesma rodovia e vai facilitar o escoamento da produção agropecuária de todas as comunidades ao norte do rio.

 

 

Status da obra da nova BA-658: mais da metade concluída

Com relação à estrada, o trecho sul (5,5 km) está em fase de finalização e deve ser concluído em meados de setembro, e o trecho norte (19,5 km) já passou da metade. Já a ponte está em sua fase de construção da 9ª fundação, de um total de 11. A previsão é que as últimas três fundações sejam concluídas até meados de outubro. “A fundação é a fase mais complicada, porque envolve uma parte submersa. Dependemos do nível do rio, é um desafio grande”, diz Assis. De um total de dez lajes da ponte, uma já está pronta, a segunda será concluída até o final de setembro e a terceira já foi iniciada. Das 11 duplas de pilares por eixo da obra, está em execução o sexto eixo.

“A construção da ponte é um desafio, porque o Rio Jequitinhonha é um dos rios mais difíceis de se trabalhar no Brasil, dadas as inconstâncias de nível: ora está com 2 metros de altura de água, ora não tem água nenhuma. Mas o desafio está sendo vencido e será motivo de orgulho para a nossa empresa e para todos que estão trabalhando nessa obra”, afirma Fernando Húngaro, diretor superintendente da EcoPontes.

 

Segurança em primeiro lugar e excelência em cuidados ambientais

A Ictus coordena o trabalho da Mais Construtora e da EcoPontes. O trabalho das três empresas envolve 320 funcionários diretos. Com mais de cem equipamentos trabalhando na obra, entre caminhões, tratores, máquinas, barcos e rebocadores, em nove meses de obra não foi registrado nenhum acidente de trabalho. Também não houve nenhum incidente na parte ambiental e nenhum acidente envolvendo animais.

“Não tivemos nenhuma intercorrência em nove meses. Isso mostra que os estudos e o planejamento foram bem-feitos. Um grande diferencial desse projeto é a preocupação ambiental da Veracel”, orgulha-se Assis. Ao visitarem o projeto, os fiscais do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) consideraram a obra referência em cuidado ambiental. Segundo Assis, isso é resultado de muitas horas de treinamento, reciclagem e diálogo de segurança. “A Veracel não está medindo esforços para incutir nesses trabalhadores uma cultura de segurança. É uma satisfação muito grande gerenciar um projeto com esse nível de preocupação. Como engenheiro de obras, poucas vezes vi isso na minha carreira.”

“O nível de segurança da Veracel transcende as exigências das empresas mais exigentes do Brasil. Há um cuidado muito grande com o meio ambiente, para evitar impactos ambientais. Para se ter uma ideia, no lado norte da ponte as vigas serão colocadas sobre a mata, ou seja, sem supressão de vegetação”, diz o engenheiro civil Fernando Húngaro.

 

Raio X da Estrada

    • 25 km de estrada (5,5 km trecho sul; 19,5 km trecho norte)
    • Drenagem profunda: 90% já realizado
    • Terraplanagem: 50%
    • Pavimentação: camadas finais para liberação do trânsito até o fim do ano

Raio X da ponte

  • 360 metros de extensão por 9m60 de largura, com colunas de até 18 metros de altura
  • Estrutura mista de aço, vigas metálicas e tabuleiro em concreto
  • 11 eixos de fundações (75% executados)
  • 11 pilares duplos (55% executados)
  • Vigas metálicas (100% produzidas e 20% instaladas)
  • 10 vãos de 36 metros (segundo vão de tabuleiro da pista da ponte começou a ser lançado)
  • Lajes do tabuleiro (piso da ponte) (20% executadas)
  • Foi iniciado o lançamento das vigas metálicas com uma treliça lançadeira inovadora.

 

Confira vídeo sobre orientações ambientais e apoio à comunidade.

Saiba mais sobre o processo de produção sustentável da Veracel Celulose.

 

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