Conheça o nosso sistema de monitoramento climático da região Sul da Bahia

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Para nós, que plantamos florestas, conhecer as tendências e variações climáticas não é apenas estratégico, como também fundamental para um manejo florestal de qualidade.

Com este objetivo, temos investido no desenvolvimento do monitoramento climático e compilado informações metereológicas da região da Costa do Descobrimento há mais de 21 anos.

Com 12 estações coletam e transmitem dados meteorológicos automaticamente, monitoramos o clima em uma extensão de aproximadamente 200.000 ha de território e representa uma das referências em monitoramento de dados climáticos no sul da Bahia.

“As questões climáticas estão cada vez mais em evidência e conhecer o clima de nossa região é extremamente estratégico para nos ajudar a trabalhar o manejo das florestas de forma precisa, inteligente e responsável. Com este monitoramento, conseguimos planejar as estratégias potencializando a nossa produtividade de forma equilibrada com as características climáticas e com uso racional dos recursos naturais”, destaca Helton Lourenço, nosso coordenador de Manejo Florestal.

Nosso monitoramento climático

Todas as nossas 12 estações metereológicas contam com sensores de temperatura do ar, umidade relativa do ar, precipitação, radiação solar e direção e velocidade do vento.

Com esses dados são gerados relatórios e estatísticas climáticas que preveem tendências e apoaim as estratégias de atuação de diversas áreas da empresa.

Hoje, também contamos com o apoio de 31 Produtores Florestais parceiros, que realizam o registro da precipitação diária a partir de pluviômetros manuais instalados em suas plantações de eucalipto, gerando informação de grande relevância para o entendimento da distribuição da chuva nas áreas de plantio.

O nosso monitoramento climático ainda cruza dados coletados em bases públicas disponibilizadas pelo Instuto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Agência Nacional de Águas (ANA) além de fontes internacionais disponibilizadas pela NASA (Agência Nacional para Aeronáutica e Espaço) e NOAA (Agência Nacional para Atmosfera e Oceanos).

“Esta junção de dados e estatísticas geradas nestes 21 anos de monitoramento da Veracel com estas fontes externas nos permite ter um histórico de dados de mais de 30 anos”, ressalta Helton.

Os dados do monitoramento também são utilizados na análise de clima futuro.

As condições climáticas históricas são comparadas com as condições previstas para os anos seguintes utilizando modelos disponibilizados pelo INPE e por nossos parceiros.

Estrategicamente, buscamos antecipar as circunstâncias que os plantios futuros irão encontrar, permitindo otimizar as ações de planejamento.

De olho no clima e na água

Além do acompanhamento climático, há 14 anos realizamos também o monitoramento de microbacias localizadas em nossa área para o acompanhamento dos recursos hídricos da região.

Para este monitoramento, realizamos a seleção de pontos de análise que permitem a comparação do comportamento hidrológico entre duas microbacias, sendo que, para esse efeito comparativo, uma microbacia é localizada na área de manejo florestal da empresa e outra localizada em área de mata nativa.

Dessa forma, é possível fazer uma comparação adequada da dinâmica da água em termos de quantidade e qualidade.

O estudo mede de forma contínua os valores de precipitação pluviométrica, nível e a qualidade da água de superfície e também do lençol freático.

Com sensores instalados em pontos de monitoramento estratégicos, os parâmetros de vazão da agua são registrados a cada 15 minutos durante todo o dia e, quinzenalmente, a equipe de campo realiza a coleta de amostras de água para avaliação da qualidade da água.

Com esse monitoramento, conseguimos analisar se o manejo florestal empregado é  ambientalmente adequado, inclusive sendo avaliado periodicamente para a renovação de certificações.

Os resultados preliminares desse estudo indicam que a presença das florestas plantadas com eucalipto não comprometem a dinâmica natural da microbacia e não afeta seu funcionamento hidrológico frente às características climáticas da região.

Assim como o manejo adotado nestas microbacias (porcentagem de área ocupada, espaçamento, entre outros) também não resultou em alterações na dinâmica hidrológica.

Esses resultados são importantes pois utilizamos essas informações para buscar sempre melhorias em nosso  manejo florestal, levando em consideração a premissa fundamental de proteção do meio ambiente.

“Estamos passando por um periodo de intensa flutuação climática e, por isso, é sempre importante avaliarmos novas formas de atuação para estarmos preparados para essas mudanças e ajustarmos, conforme necessário, o nosso manejo de forma a mitigar quaisquer impactos nos recursos hídricos. Por isso, mais do que nunca, tanto o monitoramento do clima quanto o da qualidade dos recursos hídricos, são fundamentais para o planejamento de longo prazo da empresa”, finaliza o coordenador.

A nossa iniciativa de realizar monitoramento de microbacias faz parte do Programa Cooperativo de Monitoramento de Bacias Hidrográficas (PROMAB), conduzido pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) e Esalq/USP, que realiza um trabalho de monitoramento permanente em 21 microbacias experimentais em todo o Brasil.  

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