Os dados da pesca artesanal são do monitoramento de 2024 realizado pela Veracel Celulose com a consultoria da Ambipar Response Environmental Services e que, há nove anos, fornece informações essenciais para o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal na região.
Pesca artesanal no Sul da Bahia impulsiona a economia local
O monitoramento da pesca artesanal no Sul da Bahia revelou que a atividade gerou mais de R$ 3,3 milhões em faturamento em 2024. Com uma produção total de 158,9 toneladas de pescado, o estudo reforça a importância do setor para a economia local e para o desenvolvimento sustentável das comunidades pesqueiras da região. As informações foram apresentadas nesta terça (25/02) e quarta-feira (26/02), na sede da Colônia de Pesca de Belmonte e na Câmara dos Vereadores de Santa Cruz Cabrália.
O projeto, que é uma iniciativa da Veracel em parceria com a Ambipar Response Environmental Services, acompanha continuamente a atividade pesqueira nos municípios de Santa Cruz Cabrália, Belmonte e Coroa Vermelha, no Sul da Bahia. Desde 2005, a empresa de celulose transporta sua produção a partir do Terminal Marítimo de Belmonte e mantém diversas iniciativas socioambientais na localidade.
A importância do monitoramento para a pesca sustentável
O trabalho é uma ferramenta importante para que as associações representativas das comunidades tenham informações atualizadas para fundamentar possíveis captações de recursos para melhorias de suas estruturas institucionais.
“Esse monitoramento é uma ferramenta essencial e um indicador fundamental para que nós, pescadores, possamos demonstrar nossa realidade e nosso potencial pesqueiro. Trata-se de um instrumento de grande utilidade pública, permitindo que avancemos na conquista de políticas públicas, sociais e no desenvolvimento sustentável da nossa comunidade”, destaca Adriano Souza de Jesus, superintendente de pesca do município de Santa Cruz Cabrália.
“A gente precisa desse monitoramento para entender também as espécies que estamos trazendo do mar, como o robalo, a tainha e a carapeba, que aqui no inverno dá em uma quantidade boa. Por isso é importante esse acompanhamento da nossa atividade”, pontua Valdenir de Oliveira Santos, presidente da colônia de pesca de Belmonte.
Execução técnica do monitoramento da pesca artesanal
O PMDP monitora embarcações, produtividade, principais recursos pesqueiros, artes de pesca e o rendimento financeiro da comercialização dos pescados, contribuindo para a gestão e sustentabilidade da pesca na região.
O monitoramento ocorre durante 12 meses, com técnicos da Ambipar coletando dados junto aos pescadores em pontos de desembarque predefinidos. Em algumas localidades, colaboradores das Associações de Pescadores também contribuem com o registro das informações.
“Esse monitoramento, com essa devolutiva, é muito importante para nossa comunidade, pois nos permite conhecer melhor a riqueza que temos no nosso mar, que são nossos mariscos e peixes. Apesar de nem todos os pescadores ainda fornecerem informações, esse é um processo muito positivo porque ter estes dados é trabalhar um propósito de benefício para a própria comunidade do nosso setor”, avalia Luena Maria dos Santos, presidente da Associação de Pescadores Indígenas Pataxó, do município de Cabrália.
Registro dos pescadores na devolutiva do monitoramento para a comunidade de Santa Cruz Cabrália
Resultados da pesca artesanal por localidade em 2024
Os principais destaques dos resultados do monitoramento por região foram:
Santa Cruz Cabrália
- Maior frota pesqueira da região, com 32 embarcações em operação.
- Produção de aproximadamente 159 toneladas de pescado.
- Destaque para os meses de fevereiro e março, com maior volume de desembarques.
Coroa Vermelha
- Foram monitoradas 11 embarcações, voltadas principalmente para a pesca do camarão sete-barbas.
- Produção de 17,6 toneladas de pescado, com pico de desembarques no primeiro trimestre do ano.
Belmonte
- Menor frota pesqueira monitorada, com apenas três embarcações ativas.
- Produção total de 8,8 toneladas de pescado, com destaque para os meses de fevereiro, maio, junho, novembro e dezembro.
“O monitoramento da pesca artesanal segue como uma ferramenta fundamental para apoiar as comunidades pesqueiras da nossa região, garantindo transparência sobre a produção e ajudando na elaboração de estratégias para fortalecer o setor”, destaca Alexandre Campbell de Mendonça, gerente de Comunicação e Responsabilidade Social da Veracel.
Saiba mais sobre as operações sustentáveis da Veracel Celulose
