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Árvores e tecnologia: uma combinação de sucesso na produção de celulose

Em 2022, o Brasil se consolidou como o maior exportador de celulose do mundo. A produção nacional atingiu 25 milhões de toneladas, uma alta de 10,9% em comparação com 2021, enquanto as exportações alcançaram 19,1 milhões de toneladas, um salto de 22%, segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

Com esse desempenho, o país amplia a distância em relação ao Canadá, segundo colocado no ranking da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) dos maiores exportadores de celulose. Em 2021, os canadenses embarcaram 8 milhões de toneladas da fibra para outros países, seguido dos Estados Unidos, com 6,83 milhões de toneladas.

Com um resultado tão expressivo já alcançado, o desafio do setor nesse momento é encontrar formas de manter esse desenvolvimento para os próximos anos. Além da expansão florestal sustentável, a outra resposta para essa questão pode soar estranha quando falamos de florestas, mas é a tecnologia a nossa maior aliada na busca por esse objetivo.

 

Transformação digital na produção de celulose

Aliar tecnologia e plantio é uma tendência que veio para ficar e que deve se expandir cada vez mais. Na Veracel Celulose, por exemplo, investimos cerca de R$ 20 milhões em transformação digital em 2022. Dentro desse movimento, levamos inovação e automação para dentro da floresta e estamos ampliando ainda mais nossas margens de produção, além de reduzir custos e manter os mais altos padrões de sustentabilidade.

As possibilidades de tecnologias que podem ser aplicadas nas florestas são inúmeras e até mesmo a tão controversa Inteligência Artificial já se mostrou uma importante aliada para o setor florestal. O uso da tecnologia em softwares nos permite aplicar desde métodos controlados de plantio, manejo, colheita e controle de pragas até a avaliação do solo e a recomendação genética de qual espécie (clone) de eucalipto é a mais indicada para cada uma das áreas de plantio da empresa.

Para o setor de base florestal, que lida com muitos hectares de florestas em diversas localidades – a Veracel Celulose, por exemplo, tem atuação em 11 municípios diferentes -, esse tipo de tecnologia é fundamental para evitarmos perdas de produção.

 

Inteligência de dados aliada a produtividade de celulose

Com a tecnologia e o uso inteligente de dados, conseguimos entender de forma mais precisa o comportamento do eucalipto diante das mudanças climáticas e podemos trabalhar a variação genética das árvores, plantando mudas que se adaptem melhor às condições locais de clima ou que sejam mais resistentes a pragas comuns na nossa região.

Os resultados falam por si só. Com essa tecnologia, a Veracel Celulose conseguiu uma aderência de 96% entre o planejado e o executado pela ferramenta (Verótima) ao longo de 2022. Isso demonstra o quanto as recomendações do algoritmo foram precisas para que a equipe de manejo florestal pudesse avaliar as melhores opções de plantio e ampliar a expectativa de produtividade da produção de eucalipto da empresa.

 

Uso de drones no cultivo de celulose

Outra tecnologia de sucesso e que requer baixo investimento é o uso de drones nas plantações. Podendo ser utilizado para inúmeras funções, na Veracel essa ferramenta é uma importante aliada para o monitoramento do estoque de madeira, para medir o aproveitamento da colheita e para complementar a estratégia terrestre de liberação de inimigos naturais (parasitoides e predadores) da lagarta desfolhadora.

No início deste ano, implantamos também o monitoramento automático de máquinas da área florestal. Esse sistema realiza, de forma eletrônica, o apontamento da produção de cada máquina, com detalhamento de capacidade, paradas, entre outras informações. Todos esses processos melhoram a gestão e a eficiência operacional do nosso trabalho. O projeto traz a confiabilidade dos dados e a velocidade de transmissão dessas informações entre o campo e o escritório. Isso também resulta em tomadas de decisões mais assertivas.

 

Desafios nas aplicações tecnológicas

Mas nem tudo são flores. As aplicações tecnológicas em áreas florestais no Brasil ainda possuem amplo espaço para desenvolvimento e enfrentam um grande desafio: nessas áreas, a internet e os celulares geralmente não funcionam bem.

No momento, a resposta para essa dificuldade tem sido pensar em soluções offline. Aplicamos sistemas que, no campo, não necessitam de conexão, mas que, quando conectados à internet, compilam os dados de forma precisa e automática. Esses sistemas de leitura de dados ampliam a confiabilidade para a tomada de decisão e ainda aumentam a eficiência das equipes na produção de relatórios.

Ao aliar tecnologia e processos sustentáveis, o setor florestal brasileiro pode seguir com expectativas positivas, tanto para nos mantermos na posição de liderança na produção mundial de celulose quanto para buscarmos ainda mais inovação e competitividade para as práticas atuais de manejo florestal sustentável.

 

Marcio Veiga é Diretor Florestal da Veracel Celulose.

 

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